terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O EMBUSTE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA


O INVENTÁRIO DA AMAZÔNIA é a única providência racional, científica e verdadeiramente honesta, a se tomar em relação ao mais sublime arabesco HIDROHELIOFITOZOOLÓGICO urdido pela Consciência Cósmica do Universo – A Amazônia.
É inacreditável, é absurdo que se professore sobre DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA, MANEJO DA FLORESTA AMAZÔNICA, ECONOMICIDADE DA AMAZÔNIA, com projetos de toda sorte, sem termos um INVENTÁRIO da floresta amazônica.
É de sabença universal, é consenso absoluto que o mais estúpido planejador ou projetista, jamais assume a responsabilidade de realizar um plano, um projeto, sem ter à sua disposição um INVENTÁRIO MINUCIOSO DO OBJETO, DA COISA a ser planejada. A estupidez dos GOVERNADORES E PREFEITOS NA AMAZÔNIA insiste em obedecer a orientação do CAPITALISMO SELVAGEM, que impõe um falso progresso, idolatrando o consumismo e o imediatismo suicidas.
Capitalismo Selvagem não significa desordem, caos, porém, antropofagia, obediente a sua lei primacial: “MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO”, lei que emerge do estudo do “MERCADO”, tablado onde acontece o entre-devoramento das várias correntes, de demandas (procuras) e ofertas. É nesse “MERCADO” que o CAPITAL escolhe onde se agasalhar, para obter melhor “lucro”, se agora ou mais tarde.
Somente o inventário: QUEM É QUEM? - A identificação de todos os indivíduos, poderá nos levar a quem ama quem, quem odeia quem, quem ajuda quem ou rejeita quem na Amazônia e, assim, descobriremos a HOMEOSTASIA, A CATÁSTASE AMAZÔNICA, o segredo da sua sinfonia biológica.
Cada nicho biológico, cada ecossistema tem sua música, o seu equilíbrio.
A AMAZÔNIA é um ciclópico ecossistema, resultado de milhões de ecossistemas menores e talvez em escala: são milhões, talvez bilhões de acordes, de músicas, de sinfonias, que resultam num imenso RENDILHADO HIDROHELIOFITOZOOLÓGICO, agasalhando bilhões de espécies vitais, que se entrelaçam, interagindo, configurando a HIDROESFINGE, cujo mistério, a espécie humana desvenda, ou desaparece do Planeta Terra.
Há uma interação, um sinergismo tão intenso, complexo e profundo entre os seres vivos na AMAZÔNIA, que resulta na mais soberba e eloqüente lição SOCIALISTA ditada por Deus ao homem e ao universo: O TODO É MAIS IMPORTANTE QUE A PARCELA!
O individualismo tem cabimento até o momento em que o indivíduo se organiza em grupo. Depois, o interesse coletivo assume absoluta relevância. É o caso específico da Amazônia, onde a destruição de um indivíduo pode desequilibrar uma CATÁSTASE fragilíssima e provocar o desmoronamento de todo um arabesco HIDROHELIOFITOZOOLÓGICO desconhecido.
Conclui-se obviamente que é chantagem do Capitalismo Selvagem, afirmar que é possível derrubar árvore seletivamente, isto é, manejar o arranjo HIDROHELIOFITOZOOLÓGICO, sem o INVENTÁRIO DA AMAZÔNIA, sem o mapeamento minucioso do arabesco divino da Amazônia, tão divino quanto a tessitura genética do HOMO SAPIENS SAPIENS, que estamos decifrando com o PROJETO GENOMA.
Aliás, em 1644, uma das maiores celebrações da humanidade, René Descartes, dizia no seu “Princípio da Filosofia”, um aforismo inexcedível: “A natureza nunca faz por mais, o que pode fazer por menos”, primeira Lei Ecológica, enunciada há 330 anos. E o homem não a compreendeu, com a exceção dos Panteístas, sob a batuta genial de Spinoza. Contudo, o mais grave, imperdoável, em pleno século XX, quando Haeckel já houvera criado a Ciência Ecologia, no último quartel do Séc. XIX, a Besta Humana continua a contrariar a Natureza, principalmente na Biota Amazônica, onde o fenômeno vital é mais intenso e mais complexo que em qualquer outra parte do Planeta Terra.
Para a realização desse inventário, urge um concurso ecumênico. Todas as nações devem participar! O PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE deve localizar-se em Manaus, Belém, Tefé, Humaitá, Boa Vista (Roraima), Porto Velho (Rondônia), Rio Branco (Acre), Macapá (Amapá), Santarém ou em qualquer lugar da Amazônia que ofereça apoio logístico.
O primeiro grande passo seria a INSTALAÇÃO da UNIVERSIDADE BIOLÓGICA DA AMAZÔNIA, ocupando-se imediatamente do INVENTÁRIO FITOZOOLÓGICO DA HILÉIA, com as Faculdades de Zoologia – Fitologia – Ecologia – Medicina Tropical – Farmácia – Odontologia – Genética – Ictiologia - Entomologia - Veterinária Tropical – Bioquímica – Biofísica - Fisiologia de Solos - Engenharia Florestal - Limnologia, etc, etc. Embora o INPA, (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA), pudesse realizar este inventário com toda eficiência, se o analfabetismo biológico dos governadores e parlamentares do Amazonas, não fosse tão grande, a ponto de defenderem a estupidez de um desenvolvimento sustentável da Amazônia, com base num manejo florestal que a Ciência Fitológica desconhece e recomenda com muita cautela, o aproveitamento agrícola das várzeas, a criação de peixes e da fauna silvestre.
Qualquer preocupação científica que tenha como objeto um fenômeno vital, terá agasalho num currículo. E, sobretudo, acima de tudo, prioridade máxima para a ENERGIA SOLAR! Desvendar, esvurmar, pôr a nu todo o fenômeno fotossintético. Saber o que acontece nas folhas das árvores, nos estômatos, na seiva, no parênquima, qual o papel da clorofila e da luz solar no Fenômeno Vida.
Precisamos fazer no laboratório, o que a clorofila faz nos estômatos com a Energia Solar. O que acontece no PARÊNQUIMA das árvores? Esse é o verdadeiro caminho para o autêntico desenvolvimento da Amazônia.

Senador Evandro Carreira

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